
Apesar de ser originário do Mediterrâneo, hoje cresce em
grande parte das regiões temperadas da Europa e América.
Usado desde a antiguidade como remédio e para finalidades
rituais, há inúmeros relatos sobre seu uso ao longo da história da Europa.
Restos de alecrim foram encontrados em tumbas de faraós
egípcios.
Na Grécia antiga, o alecrim serviu como "pasto"
para a produção de mel (as abelhas colhiam o néctar de suas flores) e como
ornamento cheiroso.
Na mitologia o alecrim è mencionado na “Metamorfose” de Ovídio
em relação à transformação da princesa Leucotoe em uma maravilhosa planta de
alecrim, após ser morta por seu pai, o rei da Pérsia Laocoonte, por ter cedido às
investidas do deus Apolo.
Como consequência desta lenda, na antiga Roma se colocava a
erva perfumada no túmulo dos falecidos. Até hoje o alecrim está ligado a
diversos rituais e superstições, como planta que dá sorte e afasta coisas
ruins.
Parece que até o I ou II século DC o alecrim não fosse usado
como ingrediente na cozinha. Depois, o médico Galeno de Pérgamo (entre outros estudiosos
da época) descreveu suas propriedades digestivas e assim passou a ser usado
como tempero.
Um edito do Imperador Carlos Magno, no ano de 812 DC, obrigava todos os
camponeses a cultivar pelo menos uma planta de alecrim em suas hortas, pois a
terra onde era plantado era considerada sagrada.
O óleo de Alecrim começou a ser extraído no século XIV. Nos
séculos XVI e XVII, o alecrim tornou-se popular como auxílio digestivo em
boticários.
No século XVII, na corte da França, ficou famosa uma
preparação conhecida como “Água da Rainha da Hungria”, feita a partir de um
destilado de flores de alecrim e álcool. Esta “Água” era considerada um remédio
para muitos males, o Rei Luis XIV a usava para curar a gota enquanto algumas
damas a usavam como perfume.
Até hoje faz parte das culinárias tradicionais da Itália e do
sul da França (e de suas versões exportadas ao redor do mundo), enquanto em
outros países do mediterrâneo não tem a mesma ampla aceitação.
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